O processo de construção das práticas pedagógicas da Escola de Educação Infantil São Chiquinho é pautado no princípio da transdisciplinaridade dos saberes que envolvem o desenvolvimento infantil. Respeitando o ritmo de cada indivíduo, respeito a sua identidade, seus desejos, seus interesses, suas ideias, suas conquistas, suas produções e suas interações com os adultos e com outras crianças.

Conheça as características da faixa etária dos 0 aos 6 meses

Desenvolvimento Físico:

• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos reflexos iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, isso ajudará a sustenta-la mais tarde. Estimule seu bebê deixando-o deitado de barriga para baixo e convoque-o pelo nome, ou com algum brinquedo colorido para que ele olhe para você e exercite este movimento;
• Adquiri o controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo. Ofereça objetos coloridos e macios a seu bebê, espere um pouco para ver sua reação. Com isso, ele aprenderá a expressar aceitação, prazer e desconforto, e você estará supondo nele um sujeito que deseja e que pode escolher;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente; apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolvimento progressivo da visão. Neste período, em especial, evite deixar seu bebê exposto aos meios tecnológicos como televisão e celulares, além de não enxergar com nitidez as imagens, pode ser prejudicial ao desenvolvimento orgânico e psíquico;
• Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância. Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da de um adulto. Nesta fase, o bebê antes de levar os objetos a boca, observa-os;
• O desenvolvimento da função auditiva acontece neste período. Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam, principalmente da voz da mãe. A prosódia da fala da mãe produz efeitos simbólicos e significativos na subjetividade infantil, o bebê não só reconhece como também se acalma com a voz materna. Portanto, converse com seu bebê, “cante sua voz”, convoque seu filho pelo olhar, conte histórias, cante para seu bebê. É desse modo que se iniciam as primeiras conversas;
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve. Proporcione estímulos sonoros ao bebê, fora do seu alcance visual, para que ele tente localizar de onde vem o som, virando a cabeça;

Desenvolvimento Intelectual

• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;
• Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação com o outro;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, “mamã”, “papá”, “nenê”, virando a cabeça quando o chamam;

Desenvolvimento Social

• Desde as primeiras semanas distingue a figura materna das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rosto e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
  Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos familiares;

Desenvolvimento Emocional

• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a alimentação ou o colo; 
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar estados distintos. Nessa fase é importante que a mãe possa supor o choro do filho enquanto uma demanda direcionada a ela, exemplo disso é o reconhecimento e diferenciação da polissemia da palavra choro – choro de fome, choro de dor, choro de sono, choro de aconchego;
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;

Característica da faixa etária dos 6 aos 12 meses

Desenvolvimento Físico

• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais desenvolvidos, sendo capaz de sentar sozinho sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou engatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos móveis;
• Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de segurar os objetos de forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10 meses, é já capaz de introduzir pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos, bem como adquire o controle do dedo indicador (aprende a apontar);

Desenvolvimento Intelectual

• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Os gestos acompanham as suas primeiras “conversas”, exprimindo com o corpo aquilo que quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• A partir dos 8 meses o bebê vai acrescentando novos sons ao seu vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da conversa dos adultos – utiliza “mamã” e “papá” com significado;
• Converse com o bebê, use livros com figuras para lhe contar histórias. Nesta fase, o bebê gosta que os objetos sejam nomeados, progressivamente é capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: “tchau-tchau” – acenar);
• A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
  A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;

Desenvolvimento Social

• O bebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os adultos fazer (por ex., lavar o rosto, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros bebês;

Desenvolvimento Emocional

• Formação de um forte laço afetivo com a figura que exerce a função materna. Essa relação afetiva entre a mãe e o bebê é essencial para a constituição psíquica do bebê ainda quando este se encontra no período intrauterino;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que por breves instantes – trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebê. É importante que a mãe sempre avise seu bebê que precisa sair, mas que logo retornará para encontrá-lo, em virtude do estabelecimento de uma relação segura e de confiança com o bebê, não deve em hipótese alguma sair “escondida” ou “fugida” do bebê;
• Presença de agitação perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o abordam diretamente;
• A partir dos 8 meses, que o bebê começa a ter maior consciência de si próprio. O bebê inicialmente tem sua percepção corporal atrelado ao corpo materno. O bebê existe na subjetividade materna, e vai ser a partir do desejo e dos investimentos da mãe, primordialmente, que o bebê irá tecer sua própria rede de significantes (entrada efetiva na linguagem);
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor ou uma pelúcia, por ex.), nomeamos esse de objeto transicional, o qual terá um papel muito importante na vida do bebê – ajuda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, e quando precisa fundamentalmente dar conta da ausência da mãe;

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